Susam firma contrato milionário com empresa para transporte de pacientes

0
78

Control Apoio a Gestão de Saúde e Atividades Empresariais Ltda para ter disponível dez ambulâncias, durante 24 horas, pelo período de 180 dias

Manaus – Mesmo com a diminuição de casos e óbitos pela Covid-19, a Secretária de Saúde do Amazonas (Susam) fechou contrato de R$ 10,3 milhões, pelo prazo de 180 dias, com uma empresa para transporte de pacientes em ambulâncias. O contrato foi fechado com a empresa WF Control Apoio a Gestão de Saúde e Atividades Empresariais Ltda.

O projeto básico para a contratação foi publicado pela Susam no dia 5 de abril. O texto especifica que a empresa deve disponibilizar a quantidade de dez ambulâncias, durante 24 horas, para transporte de pacientes graves, internados em unidades de saúde da capital, a fim de atender o plano de contingência de Covid-19. A WF Control foi fundada em 2000 e está localizada na Rua Maceió, bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-sul da capital.

Conforme o histórico do processo, disponível no Portal da Transparência, a empresa WF Control deu entrada com a proposta no dia 22 de abril, às 12h54, e foi declarada vencedora minutos depois, às 13h02. A homologação total da licitação, com o valor final de R$ 10,3 milhões, ocorreu um mês depois, no dia 25 de maio.

GRUPO DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (GDC) pesquisou valores de UTI móvel disponível para venda, pronta para receber os aparelhos necessários, no valor de R$ 86,9 mil.

Em um comparativo, o Estado poderia adquirir os veículos ao invés de contratar o serviço por 180 dias. Com os R$ 10,3 milhões daria para comprar cerca de 12 veículos tipo ambulância, prontas para receber o sistema de UTI.

Para o deputado estadual Wilker Barreto, membro da CPI da Saúde – que investiga possíveis fraudes e superfaturamento na compra de respiradores pulmonares pela Susam, o que chama atenção é o momento em que a Susam determinou a contratação das ambulâncias, uma vez que os números dos casos e óbitos por Covid-19 diminuíram.

“São R$ 10 milhões. Não é que não precise de ambulância, apenas a temporalidade do contratado perde objeto, já que não estamos mais no pico da pandemia. Esse recurso poderia ser remanejado para a retomada das cirurgias cardíacas no Hospital Francisca Mendes ou para o Cecon. Então, esse contrato já está nos radares da CPI da Saúde”, pontuou o deputado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui