Amom Mandel diz que está sendo coagido e teve arma apontada para cabeça em abordagem da Rocam em Manaus

0
42

Manaus/AM – Em uma denúncia à Polícia Federal, o deputado federal Amon Mandel Lins Filho afirmou que sofreu coação da Polícia Militar do Amazonas durante uma abordagem, na noite de quinta-feira (4), na zona leste de Manaus.

Na denúncia, o parlamentar afirma que o Estado não tem capacidade de garantir e resguardar sua integridade física e procurou a PF para pedir proteção. Segundo o Boletim de Ocorrência, Amon relatou que a abordagem dos policiais da Rocam foi realizada de forma truculenta, com “armas de fogo apontadas” para ele, sua namorada e uma amiga.

O parlamentar atribuiu a atitude dos militares a uma denúncia que fez na Polícia Federal, em dezembro de 2023, sobre envolvimento de integrantes da alta cúpula da Secretaria de Segurança Pública com o tráfico de drogas. O documento cita autoridades municipais e estaduais.

Amon alegou que este relatório a qual teve acesso é da Secretaria Adjunta de Inteligência do Governo do Amazonas (SEAI). O deputado disse que no mesmo período em que teve acesso às informações, sites de notícias divulgaram que o irmão de um narcotraficante trabalhava na SSP.

Conforme o B.O, o deputado afirmou que “nos dias que se seguiram após o encaminhamento do relatório à PF, uma série de episódios de intimidação se sucederam”, entre elas, ameaças.

Amon relatou que no dia da abordagem os policiais alegaram que uma lanterna do carro estava queimada e por isso havia sido parado. O deputado questionou os militares sobre o motivo do tratamento truculento, mas os policiais “retrucaram, ironizaram e perguntaram” se ele queria falar com o Comandante Geral da Polícia Militar.

O parlamentar também relatou que um oficial da guarnição, por volta das 22h30, realizou uma ligação telefônica diretamente para os oficiais do alto comando da PMAM. Segundo Amon, não é comum que um oficial da PM em patrulhamento “tenha acesso fácil, rápido e direto à Alta Cúpula da SSP/AM”, e que a atitude o levou a acionar o Secretário de Segurança Pública para pedir providências imediatas.

O caso foi parar no 14ºDIP, onde foi registrado. Segundo Amon, o secretário de Segurança, Marcos Vinicius de Almeida, tentou dissuadi-lo das denúncias na Polícia Federal e da coletiva de imprensa.

Na denúncia, Amon afirma que gravou as ligações como forma de se defender e provar suas alegações.

Veja o arquivo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui