Manaus – Para o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos), a escolha de aliados do atual governo para liderarem uma comissão processante de impeachment é um gesto “pequeno” da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) para a sociedade amazonense.
“Para nossa tristeza, a Assembleia deu uma demonstração de pequenez para a sociedade ao votar em uma presidente e em um relator totalmente governista. O correto seriam nomes mais neutros possíveis para julgar o pedido de impeachment. Eu votei pela isenção, mas infelizmente a grande maioria desta Casa ainda dá um triste exemplo do que acontece no Amazonas e a vontade das ruas não ecoam neste Poder”, afirmou o líder da oposição no Parlamento, que votou no deputado Felipe Souza (Patriotas) para presidência e Fausto Júnior (PRTB) para a relatoria da comissão.
O parlamentar ressaltou que o papel principal da Assembleia é fiscalizar o Governo e dar voz e vez para os clamores da sociedade amazonense.
“Esta Casa deveria andar do lado da ética, da moral e do que o povo do Amazonas quer e necessita. Nós temos o dever de colocar para fora um governador e um vice que comanda uma organização criminosa, como bem falou a PGR (Procuradoria-Geral da República), que ceifa vidas nos hospitais, que não paga os profissionais da saúde e que trabalha em conluio para fortalecer um câncer que é a corrupção no Estado. A Assembleia deveria devolver a esperança ao povo do Amazonas, que tem o direito de tirar este desgoverno que deixou o Estado em colapso”, disse Wilker.
Para o cargo da presidência da Comissão, concorreram Alessandra Campêlo e Felipe Souza. Foram nove votos a favor da parlamentar, contra seis do deputado e uma abstenção de Saullo Vianna (PTB). Para a relatoria, Dr. Gomes e Fausto Júnior disputaram o cargo, com vitória do aliado de Lima na Aleam por 10 votos, contra seis recebidos de Fausto, com uma abstenção de João Luiz (Republicanos).