Brasil – O assassino confesso Marcos Paulo da Silva, conhecido como “Lúcifer”, foi contratado em 2017 para matar o traficante José Roberto Fernandes Barbosa, o Zé Roberto da Compensa, líder da facção Família do Norte (FDN) no Amazonas. Segundo o Metrópoles, que divulgou o bilhete em que a informação é revelada, Lúcifer é altamente temido no sistema penitenciário de São Paulo.
Em meio à Operação Echelon, da Polícia Federal, realizada em 2017, que resultou na prisão de 75 líderes do PCC em 14 estados, foi descoberto um brilhete que revelou o interesse do PCC nos serviços de Lúcifer, visando o assassinato de Zé Roberto, chefe da antiga FDN e um dos maiores rivais do PCC no controle do tráfico de drogas em Manaus.
O bilhete escrito a mão, apreendido pela polícia, revela a proposta feita a Lúcifer. O PCC prometeu que o assassino teria todo o apoio da facção e seria aceito na cadeia como um “companheiro”.
“Referente às ideias de tentar usar o Lúcifer para pegar o Zé Roberto FDN, é isso mesmo. Pedimos para vocês fazerem esse salve chegar na meta dele que, se ele fecha nessa situação, ele terá todo nosso apoio no que precisar e poderá voltar para nossa cadeia como companheiro. Ele tem nossa palavra, pois ele tava ajudando a vingar a morte de vários irmãos“, diz o bilhete.
Na época, a polícia descobriu que Lúcifer estaria armando contra Zé Roberto e interviu, impedindo um assassinato que escalaria as tensões na guerra do tráfico.
Nos dias de hoje, Lúcifer, que segue cumprindo seus 217 anos e três meses de prisão, teria “enlouquecido” na cadeia, segundo relatos. Zé Roberto continua preso na Penitenciária de Campo Grande, condenado a 48 anos e cinco meses.
