TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS DIVISÃO DE DIVULGAÇÃO E IMPRENSA

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Mulher que matou o pai é condenada a 16 anos de prisão, em regime fechado

Julgamento, realizado no Fórum Ministro Henoch Reis, teve início na manhã de quinta-feira (8) e foi concluído às 23h._

O Conselho de Sentença da 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julgou e condenou a 16 anos de prisão, em regime fechado, Kimberlin Keyce de Jesus da Silva, pelo crime de homicídio qualificado contra o próprio pai, Kedson Barbosa da Silva. O crime foi praticado por volta de 1h30 do dia 9 de junho de 2015, na rua Palermo, bairro Nova Cidade, zona Norte de Manaus. Kimberlin foi denunciada com base com o art. 121, parágrafo 2.º, incisos I (motivo torpe) e IV (à traição), do Código Penal Brasileiro (CPB). O julgamento, que aconteceu no Fórum Ministro Henoch Reis, nesta quinta-feira (8), teve início no período da manhã e somente foi concluído por volta das 23h.

Kimberlin respondia ao processo em liberdade, mas, na leitura da sentença condenatória, o juiz titular da 1.ª Vara do Tribunal do Júri, Celso Souza de Paula, que presidiu a sessão de julgamento popular, decretou a prisão da ré.

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) esteve representado pelo promotor de justiça Armando Gurgel Maia. Na defesa da ré atuaram os advogados Carlos Guedes, Mário Paulain e Adriana Monteiro.

Logo que o juiz iniciou a sessão, o promotor Armando Gurgel Maia requereu a utilização de provas retiradas do aparelho de celular da acusada. Estas provas foram entregues após a sentença de pronúncia. A defesa contestou sua utilização, mas o requerimento do Ministério Público foi aceito pelo juiz presidente.

O caso

De acordo com a apuração da Polícia Civil do Estado do Amazonas, que originou a denúncia do Ministério Publico Estadual, Kimberlin Keyce de Jesus da Silva matou o pai a facadas, na madrugada de 9 de junho de 2015. Após cometer o crime, de acordo com a denúncia do MP-AM, Kimberlin teve a ideia de colocar o corpo da vítima embrulhado em um lençol, dentro de uma mala que lhe pertencia. Como o corpo não coube na mala, a ré decidiu enterrá-lo, pediu uma enxada emprestada e começou a cavar um buraco no terreno da parte de trás da casa onde ocorrera o crime, mas acabou desistindo.

Por volta de 8h da manhã, ainda conforme os autos, Kimberlin decidiu ligar para o Samu e dizer que havia chegado pela manhã e encontrado o pai morto. Com a chegada dos policiais, ela acabou confessando o crime. Em seu depoimento na Polícia Civil, Kimberlin disse que um dos motivos para planejar o crime, foi o fato de manter um relacionamento amoroso e almejar que sua namorada fosse morar com ela. Na fase de instrução do processo, alegou, ainda, que o pai abusava sexualmente dela desde que era criança.

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