Segundo nota publicada na coluna ‘Radar’, o Superior Tribunal de Justiça já autorizou operações para investigar suspeitas de corrupção no Amazonas e Santa Catarina
Manaus – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou duas operações solicitadas pela Procuradoria-Geral da República para apurar corrupção em contratos da pandemia nos Estados. A coluna ‘Radar’, da revista ‘Veja’, publicou que os alvos serão o governador do Amazonas, Wilson Lima, e o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés.
A nota, assinada pelo jornalista Robson Bonin, cita que “nessa sequência de operações da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra corrupção em contratos emergenciais da pandemia nos governos estaduais, os próximos alvos, segundo investigadores ouvidos pelo ‘Radar’, serão o governador do Amazonas, Wilson Lima, e o chefe de Santa Catarina, Carlos Moisés. Uma frente fria saída do STJ vem aí…”, diz a coluna.
A nota cita ainda que “as investigações de irregularidades na pandemia tocadas pela PGR, no caso de São Paulo, não chegam a João Doria”.
Na última sexta-feira (12), o ministro Francisco Falcão, do STJ, decidiu que toda a investigação relacionada a irregularidades na compra de respiradores pelo governo do Amazonas seja remetida ao Superior. A medida tirou do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) o comando das investigações que apontam desvios de quase R$ 3 milhões na Saúde do Estado.
Segundo informações da ‘Globo News’, na sexta (12), a medida ocorreu porque, mesmo avisado que a competência das investigações cabiam ao STJ, o MP-AM deflagrou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em diversos alvos na capital do Amazonas. Todas as provas e materiais apreendidos serão encaminhadas ao STJ
No final de março, a Procuradoria-Geral de Justiça (PGR) pediu ao STJ abertura de inquérito para investigar as compras de respiradores sob suspeita, realizada pelo governo de Wilson Lima. O intuito da compra dos produtos era usá-los no tratamento de pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, mas de acordo com o Ministério Público de Contas (MPC), os ventiladores hospitalares não são adequados para esse tipo de tratamento.
A venda do equipamento foi realizada pela empresa Vineria Adega (cuja razão social é FJAP e Cia.) com sobrepreço de 316%. De acordo com apuração, a PGR identificou um possível envolvimento de Wilson Lima no caso.
Em 13 de maio, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) recomendou o afastamento da secretária de Estado de Saúde, Simone Papaiz, do cargo, após detectar sobrepreço na compra de 28 respiradores por R$ 2,9 milhões.