Durante entrevista ao GRUPO DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (GDC), nesta quarta-feira (6), o vice-presidente do Sinpoeam, Ilton Oliveira, revelou que a categoria está quatro anos sem data-base e que o prédio no qual trabalham está condenado
Manaus – Durante entrevista ao GRUPO DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (GDC), o vice-presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais do Amazonas (Sinpoeam), Ilton Oliveira, afirmou que a categoria estará presente na manifestação marcada pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos (Musp), para esta quinta-feira (8), em frente a sede do governo, no bairro Compensa, zona oeste da capital, a partir das 7h.
“A população amazonense depositou no governador a esperança de que ele fosse fazer diferente como foi prometido na época da campanha. Ele disse que os funcionários públicos seriam recebidos e bem tratados por ele, tem vídeo gravado sobre isso, mas a realidade é outra”, desabafou.
Oliveira revelou que as manifestações realizadas pela categoria são alvo de “retaliação” por parte do governo amazonense. “O que temos tido é retaliação! Que vem e vem forte. Agora, receber e dialogar não existe. Não estou pedindo algo para mim, mas para a população. Melhorias para um serviço que é importante para a população. E profissionalmente falando é algo frustrante. O perito tem uma responsabilidade muito grande”.
O vice-presidente do Sinpoeam lembrou, ainda, que os profissionais estão quatro anos sem o pagamento da data-base. “Não é aumento de salário que reivindicamos, mas sim, a reposição de perda. E nem somos recebidos como profissionais. Assinamos laudos e essas assinaturas prende ou solta alguém. É uma responsabilidade muito grande e o retorno está sendo retaliação: ‘vocês parem de reclamar’. Desde 2014 esse problema vem se arrastando. Uma parte não é culpa do atual governo, mas o atual vai absorver sua parcela de culpa como é o ‘jogo’ democrático”,
Paralisação
Como já havia sido comunicado pelo Musp, no último sábado (3), a paralisação dos servidores do Amazonas irá durar dois dias: quinta (8) e sexta-feira (9), por conta do congelamento dos salários até 2021 e também por melhoria de condições de trabalho. “A perícia vai trabalhar dentro do que dá para fazer. Ainda estamos decidindo se o efetivo será somente de 30%, porque o Estado foi comunicado, mas evitamos ao máximo porque sabemos que a população é que sofre. O cara que tem uma casa de R$ 1 milhão não sofre”, disse Oliveira.
No que diz respeito a condições de trabalho, o vice-presidente do Sinpoeam contou que o prédio dos peritos foi condenado pelo Corpo de Bombeiros e que os funcionários desenvolvem suas funções em condições insalubres. “Assim como o congelamento dos salários é parados todos, o sucateamento também é para todos. Hospitais tem sucatamento grave. Nas escolas tem sucateamento grave. O nosso prédio têm 30 anos, os laboratórios não tem os insumos. É uma questão de segurança do profissional e também jurídica, para que possamos reduzir a impunidade prendendo quem é culpado e soltando quem é inocente”, finalizou.
Na sexta, os servidores pretendem fazer uma grande carreta, mas o trajeto ainda será escolhido. Caso Musp não tenha diálogo com o governo, no sábado (10), haverá uma nova assembleia para decidir os rumos de uma futura paralisação.
Fonte: D24horas