Número de homicídios atinge menor patamar desde 2014, com queda de 17% no primeiro semestre, em Manaus

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Com o reforço das operações integradas e ações investigativas e repressivas das Polícias Civil e Militar, o número de homicídios teve uma redução de 16,9% no primeiro semestre deste ano, em Manaus. A quantidade é a menor para o período desde 2014, conforme dados do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp). Em seis meses, foram presas 167 pessoas envolvidas com homicídios tentados ou consumados na capital amazonense.

Titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o delegado Paulo Martins explica algumas razões para essa redução. “Há um combate mais efetivo a este crime, com uma investigação atuando não somente para descobrir quem foi o executor, mas também quem foi o mandante”, disse.

De acordo com o delegado, essa investigação da “cadeia do crime” permite à polícia chegar a quem está ordenando execuções. “É o que tem acontecido neste ano, com a prisão de líderes de organizações criminosas e mandantes que estavam, inclusive, em outros estados”, afirmou Martins. “Isso faz com que outros fiquem temerosos em ordenar as mortes, já que podem, com as investigações, ser presos também”, disse.

Em 2019, foram registrados 362 homicídios na capital amazonense, além de outras 142 tentativas, entre os meses de janeiro e junho. De 2014 – ano que teve 401 homicídios – para cá, apenas o ano de 2016 registrou menos de 400 mortes no primeiro semestre, com 396 registros. O pico foi no ano de 2017, com 496 crimes.

Desde o início deste ano, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Louismar Bonates, determinou a filosofia de tolerância zero contra a criminalidade, especialmente contra o crime organizado. A disputa de território por narcotraficantes é uma das principais motivações para os homicídios dolosos.

“Este índice é um sucesso muito grande para o nosso sistema de segurança, e nós queremos melhorar ainda mais. A redução é fruto do trabalho mais efetivo da Polícia Militar, colocando mais viatura nos locais certos, e o trabalho de investigação da Polícia Civil, que tem levado a grandes operações”, afirmou Bonates.

Execuções – Conforme dados do Sisp, em torno de 80% das mortes na cidade têm características de execução, parte delas relacionada justamente ao tráfico de entorpecentes. No ano passado, por exemplo, dos 892 homicídios, pelo menos 710 tiveram características de execução, o que representou um percentual de 79,5%.

Ao longo das 28 grandes operações integradas realizadas em 2019, mais de 830 pessoas foram presas, incluindo homicidas e suspeitos de envolvimento em tentativas de homicídios. Na Operação Sicário, realizada no último dia de maio, um grupo criminoso envolvido em mais de dez homicídios e tráfico de drogas foi preso por policiais civis lotados na DEHS. Na última fase da operação Imperium, deflagrada em junho, dentre os 60 presos, 12 eram procurados por homicídios.

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