AMAZONAS – O Estado do Amazonas tem 59 dos 62 municípios avaliados como de alto risco para alagamento, inundação, enxurrada ou deslizamento de terra, de acordo com estudo produzido na Casa Civil da Presidência da República do Governo Federal.
O estudo, produzido com o objetivo de orientar recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e publicado em outubro de 2023, visa a prevenção de riscos com obras de contenção de encostas, sistemas de macrodrenagens, barragens de regulação de vazões, controle de enchentes, entre outros, de acordo com matéria da Agência Pública, citando o evento dos alagamentos que ocorrem no Rio Grande do Sul.
Em 2012, na primeira versão do documento, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), na elaboração da segunda edição do PAC, foram identificados 37 municípios no Amazonas com riscos dessa ordem. O número praticamente dobrou na nova versão do estudo, pois dos 821 municípios críticos apontados naquele ano com necessidade de priorização, agora são 1.942 em todas as regiões.
Entre as causas para a ampliação dos locais em risco, o estudo aponta a urbanização rápida e muitas vezes desordenada dessas áreas, assim como a segregação socioterritorial que acaba levando as populações de baixa renda a ocuparem locais inadequados, sujeitos a inundações, deslizamentos de terra e outras ameaças correlatas.
O estudo indica que a três a cada quatro brasileiros vivem em locais suscetíveis a algum evento relacionado a esses riscos.
Essas áreas são habitadas, de forma geral, por comunidades de baixa renda e que têm poucos recursos para se adaptarem ou se recuperarem dos impactos desses eventos, tornando-as mais vulneráveis a tais processos.
Os municípios amazonenses citados no estudo com risco de dessa ordem, de acordo com o estudo são: Alvarães, Amaturá, Anamã, Apuí, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Boca do Acre, Borba, Caapiranga, Canutama, Carauari, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Eirunepé, Envira, Fonte Boa, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Iranduba, Itacoatiara, Itamarati, Itapiranga, Japurá, Juruá, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Manicoré, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Novo Aripuanã, Parintins, Pauini, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, Silves, Tabatinga, Tapauá, Tefé, Tonantins, Uarini e Urucará.
