Uma vala com corpos foi encontrada pela polícia em uma floresta do Quênia. São fiéis que participavam de um culto religioso, conforme as autoridades.
Os participantes eram estimulados a jejuar até a morte para alcançar Jesus, de acordo com informações da polícia local.
Segundo apuração da agência Reuters, até esta segunda-feira (24), o número de mortos chegou a 58.
A vala foi descoberta pela polícia queniana na última sexta (21), quando começaram os trabalhos de exumação na floresta de Shakahola, em kilifi.
Os fiéis encontrados mortos eram seguidores da Good News International Church, em tradução livre “Igreja Internacional da Boa Nova”.
Ainda segundo agências, a igreja é uma seita cristã extremista que preconiza que, morrendo de fome, os seguidores encontram o caminho para o céu.
BREAKING: Kenyan police have now recovered 47 bodies near Malindi, Kenya, in what will be one of the worst cult death counts in recent history.
Many children and entire families were found in the buried bodies.
Church leader, Paul Makenzie Nthenge reportedly told his… pic.twitter.com/oGRDUMGBw0
— Brian Krassenstein (@krassenstein) April 23, 2023
O fundador da igreja, Paul Mackenzie Nthenge, é conhecido por incentivar os fiéis a práticas radicais pela fé, segundo informações das autoridades do Quênia.
Ele foi preso há 10 dias, mas ele negou qualquer envolvimento, pagou fiança e foi solto.
A busca por desaparecidos ainda é realizada pela floresta, já que os investigadores acreditam que seguidores permanecem escondidos na mata em jejum.
Vala e denúncia
A ação da polícia começou na semana passada, após denúncia da existência de corpos de membros da igreja numa vala em um matagal na sexta (21).
No domingo (23), uma mulher foi localizada pelas autoridades. Ela estava fraca e se recusava a comer.
Sete homens e quatro mulheres, de entre 17 e 49 anos, foram internados em um hospital após serem retirados da floresta.
Outros seis seguidores foram presos.
