Manaus – Em meio à corrida eleitoral para a Prefeitura de Manaus, o candidato Roberto Cidade, que tem como uma de suas principais bandeiras o fortalecimento da Segurança Pública, está no centro de uma grande polêmica. A participação de Pedro Paulo Militão da Silva, conhecido como Paulinho Paraibano, em sua campanha de rua, tem levantado sérias dúvidas sobre o quão o candidato está por dentro dos trabalhos realizados por seus cabos eleitorais.
Paulinho Paraibano, atualmente visto distribuindo material de campanha e participando ativamente das atividades eleitorais de Roberto Cidade, tem um histórico que contrasta fortemente com as supostas prioridades do candidato. Em 2017, Paulinho foi preso pela Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) com uma quantidade significativa de drogas. Na ocasião, ele estava em posse de 45 quilos de maconha e R$ 4 mil em dinheiro, sendo detido junto a dois fuzileiros navais em uma operação que revelou a participação de militares na quadrilha.
Imagens e vídeos que circulam nas redes sociais mostram Paulinho vestindo a camisa com o número de campanha de Roberto Cidade, ao lado de trabalhadores contratados para distribuir santinhos e apoiar a candidatura. A presença de Paulinho em eventos de campanha e dentro do comitê do União Brasil tem gerado um burburinho, com muitos questionando a moralidade e a coerência de ter um homem que foi preso por tráfico levantando a bandeira de um candidato que diz reprovar essas atividades ilícitas.
Ou seja: a presença de um ex-traficante, que inclusive foi condenado, dentro do comitê de um candidato que promete investir pesado em Segurança Pública parece, no mínimo, contraditória. A experiência de Paulinho, ao contrário do que se esperaria de um cabo eleitoral, não é em política, mas sim em atividades ilícitas, conforme seu histórico criminal.
Diante dessas revelações, a pergunta que não quer calar é: “Será que Roberto Cidade sabe do histórico criminal de Paulinho Paraibano? Qual o grau de relevância de vulgo ‘Paraibano’ nesta campanha?”.
