Brasileira é presa por tráfico em Bangkok; família teme pena de morte.

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PAIS – Uma jovem mineira, de Pouso Alegre, está entre os três brasileiros presos na Tailândia por tráfico internacional de drogas esta semana. Mary Hellen Silva, de 21 anos, foi detida com outros dois homens ao desembarcar no aeroporto de Bangkok levando 15,5 kg de cocaína. O valor da carga é estimado em R$ 7,5 milhões.

A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte, a depender da quantidade e das circunstâncias. Neste domingo (20/2), a irmã de Mary Hellen, Mariana Coelho, afirmou que a família da jovem está muito preocupada. “Nosso objetivo é que ela não pegue a prisão perpétua ou pena de morte.”

Circunstâncias da prisão

A jovem foi presa na segunda-feira (14/2), ao desembarcar no país asiático. Mary Hellen e um amigo, de 27 anos, chegaram em um voo. Outro rapaz, de 24, chegou em um outra aeronave, horas depois, e também foi preso. Os três saíram do Brasil a partir do aeroporto de Curitiba (PR) levando as drogas distribuídas nas malas.

Funcionários do aeroporto de Bangkok desconfiaram do conteúdo das bagagens durante a inspeção do raio-X, e as malas foram revistadas. Foram encontrados nove kg de cocaína em um compartimento oculto. Mais tarde, o outro paranaense, de 24 anos, foi preso com 6 kg e meio de cocaína.

Sem notícias

Segundo Mariana, a família ficou sabendo da prisão de Mary Hellen por um áudio da própria irmã, enviado a partir de um aplicativo de mensagens.

“No domingo passado, ela fez contato comigo. Ela me mandou um áudio desesperada falando que tinha sido presa na Tailândia. Pediu para eu ajudar ela de alguma forma, entrar em contato com a embaixada brasileira. Pra mim, ela estava viajando para Curitiba atrás de algum namorado, estas coisas que os jovens fazem”, relatou.

A notícia pegou a família de surpresa, e a mãe das jovens, que está em tratamento contra um câncer, precisou ser internada quando soube que a filha havia sido presa no país asiático. Desde que a prisão aconteceu, eles estão sem informações sobre a brasileira.

“A gente quer uma notícia dela, saber como ela está sendo tratada lá. Acho que a família tinha direito de pelo menos saber como ela está. Imagina a gente aqui, uma semana, sem saber o que aconteceu. A gente não sabe nada. Esse crime gravíssimo e as vezes ela não tinha nem consciência do que estava acontecendo. Eu acho que ela não sabia de nada disso, pra mim ela foi enganada, induzida”, afirmou Mariana.

Ao G1 do Paraná, o Itamaraty informou que, por meio da embaixada de Bangkok, acompanha a situação e presta toda assistência aos brasileiros.

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