BRASIL – Um caso de suposto racismo em uma sala de aula da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC) tem gerado grande repercussão. Alunos do 3º ano denunciaram que um cartaz com a frase “entrada permitida somente para brancos” foi colado na porta da sala durante uma atividade promovida por um professor de Sociologia e Antropologia.
A intenção do professor, segundo informações, era simular a segregação racial nos Estados Unidos. No entanto, a iniciativa foi interpretada por muitos alunos como um ato racista e gerou grande revolta.
Denúncia e investigação
O caso foi registrado na Polícia Civil, que abriu um inquérito para investigar as denúncias de racismo. Após a conclusão do inquérito, a polícia informou que não houve prática de ato criminoso.
O advogado Juliano Amaral, que representa um dos alunos envolvidos no caso, discorda da conclusão da polícia. Segundo ele, a simulação realizada pelo professor causou grande constrangimento aos alunos e configura um ato de racismo.
Em um vídeo que faz parte do processo, o professor em questão aparece se justificando e criticando os alunos por terem denunciado o ocorrido. Ele afirma que os alunos poderiam ter procurado esclarecimentos antes de divulgar a situação nas redes sociais.
Falta de punição e posicionamento da faculdade
Apesar da repercussão do caso, a Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo não tomou nenhuma medida punitiva contra o professor envolvido. Segundo o advogado Juliano Amaral, a faculdade se limitou a realizar uma reunião para discutir o assunto, mas não apresentou nenhuma solução concreta para o problema.