BRASIL – Dados preliminares do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde apontam que, em 2023, cerca de 18% das crianças menores de cinco anos, a partir dos 12 meses de idade, não se vacinaram contra a hepatite A no Sistema Único de Saúde (SUS).
Com 81,87% da crianças vacinadas, o Espírito Santo foi o estado com o mais vacinados, com 86,29% vacinadas, já na Bahia teve 85% do público vacinado em 2023. Os números podem sofrer alterações, devido à alimentação de dados pelas secretarias de saúde estaduais na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNSD).
De acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, a vacina deve ser administrada aos 15 meses de vida, em esquema de uma dose, e é a principal medida de prevenção contra o vírus da doença, geralmente transmitido via fecal-oral por meio de alimentos ou água contaminados, devido aos baixos níveis de saneamento básico e higiene pessoal. O vírus também pode ser contraído por contato pessoal próximo ou relação sexual desprotegida.
Quem pode se vacinar?
A vacina contra a hepatite A é administrada com uma dose aos 15 meses de vida. Para crianças que tenham perdido a oportunidade de se vacinar no tempo recomendado pelo PNI, a vacina pode ser aplicada até 4 anos, 11 meses e 29 dias. A vacinação de gestantes e lactantes deve ser realizada mediante a avaliação da relação risco-benefício diante da possibilidade de contrair a doença.
O imunizante também está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), no esquema de 2 doses – com intervalo mínimo de 6 meses entre as doses – para pessoas a partir de 1 ano de idade, com as seguintes condições clínicas:
Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive infecção crônica pelo HBV ou pelo HCV;
Portadores crônicos do VHB;
Coagulopatias;
Pessoas vivendo com HIV ou aids;
Imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora;
Doenças de depósito;
Fibrose cística (mucoviscidose);
Trissomias;
Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes; Transplantados de órgão sólido (TOS);
Transplante de células-tronco hematopoiéticas (THCT);
Doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), cadastrados em programas de transplantes;
Hemoglobinopatias;
Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas.
Já a vacina contra a hepatite B está disponível no SUS para todas as pessoas, independentemente da idade, conforme recomendações do Calendário Nacional de Vacinação. A primeira dose desta vacina está indicada ao nascer, com a continuidade do esquema aos 2, 4 e 6 meses de vida, com a vacina penta (rotina) ou a vacina hexa acelular para crianças menores de 7 anos de idade.
Para as gestantes, a indicação é que a vacina seja administrada em qualquer idade gestacional e faixa etária, em um esquema de 3 doses, considerando o histórico de vacinação anterior e os intervalos entre as doses. A vacinação desse grupo de mulheres oportuniza, também, a prevenção da transmissão vertical do vírus hepatite B.