Preços da gasolina e do gás sobem a partir desta terça-feira (9)

Gasolina sobe R$ 0,20 por litro, e gás de cozinha aumenta R$ 3,10.

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BRASIL – A partir desta terça-feira, 9 de julho, a Petrobras implementará um reajuste nos preços da gasolina e do gás de cozinha, marcando a primeira alteração deste ano sob a gestão de Magda Chambriard, CEO da estatal desde 24 de maio. As mudanças foram anunciadas em resposta à crescente pressão do dólar e aos desafios econômicos enfrentados pela companhia.

O preço da gasolina nas refinarias será aumentado em R$ 0,20 por litro, elevando o valor de R$ 2,81 para R$ 3,01. Esta revisão representa o primeiro ajuste desde outubro de 2023, quando houve uma redução de R$ 0,12 por litro. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, terá um acréscimo de R$ 3,10, levando o preço do botijão de 13 kg de R$ 31,60 para R$ 34,70.

A decisão de aumentar os preços ocorre em meio à valorização do dólar em 2024, que ampliou a defasagem dos preços dos combustíveis da Petrobras em relação ao mercado internacional. Essa situação tem acarretado perdas significativas para a estatal e pressionado refinarias e importadores privados. Desde maio de 2023, a Petrobras optou por abandonar o preço de paridade de importação (PPI) como política de preços, priorizando os custos internos.

De acordo com a Refina Brasil, entidade que representa refinarias privadas, a mudança na política de preços resultou em uma perda de receita de aproximadamente R$ 10 bilhões para a Petrobras. O último ajuste de preços realizado pela estatal ocorreu em dezembro de 2023, quando o preço do diesel foi reduzido em R$ 0,30 por litro.

Mesmo com o abandono da PPI, a cotação do petróleo e a taxa de câmbio continuam exercendo forte influência sobre os preços dos combustíveis no Brasil, dado que uma parcela significativa do diesel e da gasolina consumidos no país é importada. Os preços internos têm se mostrado desfavoráveis aos importadores privados, obrigando a Petrobras a aumentar suas importações para suprir a demanda nacional.

A política de preços de combustíveis no Brasil tem sido marcada por flutuações significativas, influenciadas por decisões governamentais e condições econômicas globais. O modelo de paridade de importação, adotado durante a gestão de Michel Temer e mantido sob o governo de Jair Bolsonaro, foi recentemente ajustado para reduzir os preços ao consumidor final, mas as variações nos preços internacionais do petróleo têm dificultado esse processo.

Diante desse cenário, a Petrobras continua a ajustar seus preços para alinhar-se às condições de mercado, buscando equilibrar a sustentabilidade econômica da empresa com os interesses dos consumidores brasileiros. A expectativa é que o impacto desses reajustes seja sentido diretamente no bolso dos consumidores e no mercado econômico nacional nos próximos dias.

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