Delegado sobre mãe que matou filha asfixiada: “Crime foi premeditado”

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BRASIL – A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não tem dúvidas de que Zenaide Rodrigues de Souza, 32 anos, premeditou o assassinato da própria filha, que tinha apenas 5 anos. A menina foi encontrada morta, com sinais de esganadura, na madrugada desta segunda-feira (6/3), em um apartamento no 11º andar do Residencial Itamaraty, em Taguatinga Norte.

Uma série de provas colhidas pelos investigadores apontam que a mulher criou um cenário na tentativa de acobertar o assassinato da criança. A motivação de Zenaide seria vingança, pelo fato de o ex-companheiro – pai biológico da menina – tê-la abandonado há cerca de um ano.

Segundo o delegado-chefe da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), Mauro Aguiar, Zenaide tentou apagar todas as provas do homicídio, ao provocar um incêndio no apartamento. “A porta do quarto da menina estava trancada por fora. Ela já havia sido morta entre quatro e seis horas antes. Zenaide queria que o corpo da filha fosse carbonizado e uma carta de despedida que ela escreveu virasse cinzas. O objetivo era deixar que tudo transparecesse ter sido um acidente”, afirmou.

Morte em incêndio
O delegado explicou que o pai da menina, que não vivia mais com Zenaide, perdeu o pai recentemente em um incêndio. “A ex-mulher buscou uma forma de punir duas vezes o antigo companheiro, fazendo ele relembrar a morte do pai e ainda ter que lidar com morte da filha em condições semelhantes”, relatou Mauro Aguiar.

O chefe da 17ª DP ainda reforçou que Zenaide teria tentado orquestrar um “teatro”, na intenção de simular a própria inocência. “A carta que ela deixou foi muito esclarecedora e serve como prova irrefutável de que ela matou a própria filha para se vingar do ex-companheiro. Esse teatro de mãe arrependida não nos convence. É difícil acreditar que existam pessoas capazes de fazer algo assim com o próprio filho”, disse.

Incêndio
As chamas começaram em uma das torres do condomínio, por volta da 1h desta segunda-feira (6/3).

Zenaide passou de uma sacada para outra, na tentativa de fugir do incêndio.

A 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) investiga o caso.

Veja imagens:

Tentativas de reanimação

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado para controlar as chamas e, quando chegou ao endereço, encontrou a vítima desacordada. Por 10 minutos, os bombeiros tentaram reanimar a criança, mas não conseguiram.

O apartamento de dois quartos, sala e cozinha ficava no 11º andar e foi praticamente todo consumido pelas chamas, segundo o CBMDF – à exceção de um dos quartos, onde estava o corpo da menina.

 

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