Manutenção predial custa milhões para Seduc, mesmo durante pandemia

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Manaus/AM – Fornecer serviços de manutenção predial à Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), mesmo durante o auge da pandemia do novo coronavírus, gerou faturamento milionário às principais empresas que prestam este tipo de trabalho.

Desde o início do governo Wilson Lima, às empresas Construtora Brilhante Ltda., Murano Construções Ltda. e ainda a Newen Construtora e Incorporadora Ltda. (antiga Pafil Construtora e Incorporadora Ltda.) faturaram R$ 274,5 milhões, sendo grande parte deste nos anos de 2020 e 2021, ou seja, em plena pandemia, quando as referidas empresas faturaram R$ 186 milhões.

Os dados são do Portal da Transparência do Estado.

O maior montante foi destinado à Construtora Brilhante Ltda. que recebeu desde janeiro de 2019 – no início da gestão Wilson Lima -, R$ 122 milhões. Deste total, R$ 77,8 milhões foram recebidos da Seduc entre os anos de 2020 e 2021.

Por sua vez, a Newen Construtora (antiga Pafil) recebeu R$ 103 milhões, dos quais R$ 67 milhões foram recebidos durante a pandemia. A situação que leva, no mínimo, a suspeita dos referidos pagamentos.
Outra beneficiada foi a Murano, que faturou R$ 48,8 milhões na gestão Wilson Lima. Assim como ocorreu com as duas anteriores, o maior montante foi recebido na pandemia: R$ 41 milhões.

O caso da Pafil chama mais atenção porque, no ano passado, foi alvo de inquérito no âmbito do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Na época, o órgão ministerial iniciou apuração sobre “possíveis ilegalidades na execução de um contrato firmado entre o Governo do Estado, por meio da Seduc, e a Pafil para manutenção predial em escolas do Estado”. O contrato de mais de R$ 26 milhões foi firmado em um processo licitatório relâmpago, que durou menos de 15 minutos, e foi realizado fora do horário de expediente público.

Em março deste ano, o GRUPO DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (GDC) mostrou os pagamentos feitos pela Seduc à empresa Brilhante. Na época, o GDC revelou que a empresa está localizada na Avenida Mário Ypiranga Monteiro nº 548, no bairro do São Francisco, zona sul. A empresa tem em seu quadro de sócios-administradores Sálvio Peixoto Tinoco, Igor da Silva Brilhante e Marcella Castro da Silva.

Em janeiro de 2020, o deputado federal Marcelo Ramos já havia denunciado um contrato sem licitação de R$ 3,6 milhões da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O contrato também era para manutenção predial. De acordo com Ramos, o acordo era ilegal, pois contrariava todos os pareceres técnicos da autarquia.

Fonte: D24am.

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