Caso Melquisedeque: três homens são denunciados pela morte do indígena

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Manaus/AM –  Emerson de Souza Arevalo, 24, Janderson Cabral Cidade, 20, e Lucas Lima, foram denunciados pelo Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) pela morte do indígena Melquisedeque dos Santos, 20, assassinado em um transporte público no dia 16 de dezembro de 2021.

A defesa de Lucas Lima que está preso requereu prisão domiciliar sob o argumento de que um dos três filhos do suspeito sofreu acidente doméstico, estando internado por conta de queimaduras. A juíza de Direito Andrea Jane Silva de Medeiros, respondendo pela 9.ª Vara Criminal da Comarca de Manaus, negou o pedido.

A Promotoria de Justiça do MPE/AM se manifestou pela manutenção da prisão preventiva e a magistrada relatou, na decisão, um trecho da denúncia, o qual registra que Lucas Lima e os outros dois indivíduos anunciaram um assalto a um ônibus, que culminou em quatro patrimônios atingidos e a morte de Melquisedeque.

“Embora não tenha sido o requerente quem disparou contra a vítima fatal, está claro que ele consorciou-se com pessoas armadas e assumiu o risco do resultado mais gravoso, demonstrando destemor e periculosidade acima da média. Por fim, à luz da certidão de nascimento trazida pela Defesa e dos informes de que seu outro filho acidentou-se, faz-se importante lembrar que o simples fato de ter se tornado pai em recente data não o credencia, automaticamente, para a prisão domiciliar, não estando comprovado nos autos que ele é o único esteio da criança”, escreveu a juíza em sua decisão.

Relembre o caso
Melquisedeque foi morto no início da noite do dia 16 de dezembro de 2021 durante um assalto dentro de um ônibus da linha 444. O jovem indígena voltava para casa com uma cesta de natal para família, após um dia de trabalho. O caso logo ganhou repercussão e Emerson de Souza Arevalo foi preso no dia seguinte ao crime.

No dia 16 de março, Lucas Lima foi preso como o segundo suspeito do latrocínio. Lucas foi quem apontou a arma e ameaçou o motorista para mudar a rota no dia do crime.

Já no dia 17 de março, Janderson Cabral Cidade também foi preso como o terceiro suspeito. À polícia, ele confessou ter atirado contra Melquisedeque.

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