Corrupção em Coari: Clã Pinheiro é denunciado.

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Mais uma vez o município do Coari foi destaque na mídia nacional. Desta vez o Câmera Record de domingo (11) denunciou um esquema de corrupção que teria desviado milhões dos cofres públicos de uma cidade rica em petróleo na região amazônica.

Além da denúncia, o programa ainda mostrou como a vida das pessoas da cidade foi afetada pelo desvio das receitas do município.

Licitações viciadas e fraudulentas

Segundo a reportagem são quase três mil páginas de processos e documentos com denúncias que envolvem a prefeitura de Coari.

Esquemas que beneficiaram os amigos do prefeito, além de gastos astronômicos com combustível utilizado para abastecer carros da frota da cidade. Segundo o Ministério Público, a quantidade de combustível utilizada pelo município seria suficiente para dar mais de cem voltas ao mundo.

Prejuízos milionários

O prefeito de Coari (AM), Adail Filho, é apontado pelo Ministério Público como o chefe de um esquema que desvia recursos públicos milionários de uma cidade rica em petróleo.

Só no ano de 2018, Coari (AM) recebeu R$ 76 milhões de royalties do petróleo. Esse é um dos motivos pelos quais o município tem a segunda maior arrecadação de todo o estado do Amazonas.

Juiz cooptado

O promotor Wesley Machado disse ter sido procurado por mensageiros do prefeito de Coari (AM), Adail Filho, que teriam oferecido R$ 1,5 milhão para que ele não investigasse a família. O promotor não aceitou, mas o Ministério Público já reuniu indícios de que o juiz Fábio Alfaia teria sido cooptado pelo grupo.

Mensalinho em Coari

Para controlar todas as decisões da Câmara de Coari, a Prefeitura pagava R$ 10 mil de ‘mensalinho’ a cada vereador. Quatro deles confirmaram a propina e acusaram o presidente da casa, Keitton Pinheiro, primo do prefeito Adail Filho, de comandar o esquema.

Turista

Outra grave denuncia contra Adail é a de que o prefeito quase não aparece na cidade. Uma constatação comum entre os habitantes de Coari.

Um levantamento feito pelo MP mostra que os moradores não estão errados. Em 2017, por exemplo, Adail ficou fora da cidade por 284 dias. Nos meses de outubro, novembro e dezembro, ele só bateu ponto um único dia. O mais absurdo é que essa ausência foi remunerada. Foram pagos quase R$ 300 mil reais em diárias ao prefeito.

Não há dúvida

Para o Ministério Público, não há dúvidas de que a sangria provocada nos cofres públicos de Coari (AM) tem as digitais do prefeito Adail Filho.

Os Playboys

Além do prefeito, são investigados empresários conhecidos como “Os Playboys”, que se beneficiaram do convício com os donos do poder.

Entre eles estão os donos da VR Construções, que passou a ser chamada carinhosamente pela população de Coari de “Vai Roubar Construções”, segundo o promotor Wesley Machado.

E do Emporium Rodrigues, beneficiado com um terreno público doado pela Prefeitura de Coari para a construção de um supermercado.

Patriarca

Os problemas da família Pinheiro com a justiça são antigos.

Adail Pinheiro, pai do atual prefeito de Coari (AM), também já esteve no comando da cidade e, assim como o filho, esteve envolvido em denúncias de corrupção e chegou a ser condenado e preso. Mas há denúncias ainda mais estarrecedoras contra Adail pai. Ele estaria no meio de um esquema de exploração sexual de crianças e adolescentes.

Clã Pinheiro

Apesar de todas as denúncias a família Pinheiro, que conta com um orçamento de quase R$ 1 bilhão por ano em Coari, não para de crescer na política e se prepara para alçar voos cada vez mais altos.

Este ano a irmã do prefeito, Mayara Pinheiro, assumiu a cadeira de deputada estadual. A mais votada do pleito de 2018.

Adail Filho vai buscar a reeleição em Coari em 2020 e pretende eleger prefeitos nos municípios próximos já pensando em 2022. O plano é preparar o caminho para sua eleição para deputado federal. Traremos mais detalhes dessa engenharia política outro dia.

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